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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

VIVENDO UMA APARENTE SANTIDADE


“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que sois como as sepulturas que não aparecem, e os homens que sobre elas andam não o sabem”. (Lucas 11,44)

Na minha infância e até adolescência, sempre que era necessário participar de algum velório, lembro-me bem que eu gostava de observar aqueles mausoléus tão diferentes que variavam de acordo com o poder aquisitivo do morto: Alguns possuíam fotos, outros histórias, memoriais... Uns,eram na forma de casinhas, outros não... Em fim, eu ficava os observando, imaginando coisas das quais não me lembro totalmente...Alguns eram tão chamativos que eu realmente chegava a “admirá-los”...Engraçado, quando eu fui para o mundo “viver minha adolescência” aos treze anos de idade, aos poucos descobria que muitas pessoas com as quais eu me relacionava fingiam ser o que não eram, assumiam uma personalidade para cada ocasião, por mais que fossem cultas ou iletradas... O fato é que isso me irritava! A dissimulação, a falsidade, a hipocrisia, os sentimentos fingidos, a falsa piedade expressa num louco desejo de reconhecimento...Porém, espiritualmente falando, entendemos que essas coisas são absolutamente compreensíveis, afinal, “O mundo jaz do maligno”, por tanto, não há razão para espanto. Mas o problema é quando homens e mulheres da Casa do Senhor apresentam tais perfis em seu caráter, ai a coisa alcança proporções mais alarmantes e a partir de então surgem os escândalos e quedas. Porém, precisamos entender que nem todo “crente” sai do evangelho por que caiu, é possível que este jamais tenha estado de pé: jamais tenha sido de fato e de verdade servo do Senhor, irmão em Cristo; Ai vem a questão do novo nascimento, da necessidade de sepultar o velho homem, nascer do Espírito de Deus; sabemos que o primeiro milagre realizado pelo Senhor na vida de um cristão é o milagre da transformação, no qual a natureza humana fica sujeita as vontades do Espírito e o homem passa a ter o caráter de Deus. A verdade é que alcançar esta Dádiva não é fácil! Visto que, para tanto é necessário abrir mão do seu “eu”, negar suas vontades, entregar-se inteiramente ao Senhor... É muito mais cômodo assumir uma nova personalidade, na qual quem estar ao redor vê uma diferença nos hábitos, no guarda roupa, nas tradições... Mas por que não houve uma transformação, uma entrega absoluta e sim parcial, a pessoa vive a “dupla face”: uma por fora e outra completamente diversa por dentro, ou seja, a aparente santidade esconde uma podre personalidade. Essas pessoas convencidas, mas não convertidas, são como os mausoléus nos cemitérios: chamativos, cheios de detalhes e zelos, no entanto, guardam coisa morta, entre vermes, carniças e tantas outras imundícias, pois o cuidado externo não é suficiente para tornar puro o interno. Em outras palavras, essas são os fariseus dos dias atuais: amam os primeiros acentos, os aplausos e elogios, tem aparência de santo, mas são cheios de rapina, servem ao seu próprio ventre, vivem a luz do seu entendimento e andam segundo a sua vontade. Esses tais, ainda que em alguns casos, ocupem cargos ou consigam fingir por um longo tempo, no momento certo serão revelados e a capa cairá por terra, cumprindo-se as Escrituras sagradas: “Nada há em oculto que não haja de ser sabido” (Luc. 12,2), essa obra não é do homem, não é minha, sua, de bispo, pastor, missionário nem mesmo de evangelista, ela é do Deus Altíssimo, Aquele que sonda os corações e esquadrinha o pensar. Por esta razão só prevalecerão os nascidos do Espírito, lavados e remidos pelo Sangue do Cordeiro.
Amém!